Sabado 24 setembro 19h – 5€
Nariz Entupido e o Prisma iniciam uma parceria, com este primeiro evento colaborativo, que esperamos que venha a tornar-se duradoura. Aqui pretende-se revelar alguns dos trabalhos dos músicos mais entusiasmantes do panorama da música improvisada e experimental.
Como tal, tornou-se inevitável convidar a Sara Pinheiro (sonoplasta), em resposta a uma proposta apresentada por Abdul Moimême. Juntamente com Lorena Izquierdo (performer) e Carlos Santos (músico amplamente conhecido e reconhecido pelo seu trabalho de ruptura no campo da electrónica e experimental) formarão um trio que nos apresentará uma noite de magia musical.
ARTISTAS
Sara Pinheiro
Sonoplasta nas áreas de cinema e videoarte, composição acústica e performance ao vivo para multicanais desde 2010. Licenciou-se em Som para Cinema pela ESTC e em Sonologia pelo Instituto de Sonologia do Conservatório de Música de Haia. Atualmente, reside em Praga onde trabalha como designer sonoro e agente cultural enquanto desenvolve o seu projecto de doutoramento “Acousmatic Foley” na Escola de Música da Universidade de Bangor.
Lorena Izquierdo
Vocalista, performer e poetisa de Valência. Passou os últimos 8 anos construindo a
sua carreira artística entre Espanha e Alemanha.
Nas suas peças explora diferentes conceitos através do corpo, da voz, da linguagem poética, do som, do espaço e do tempo. Juntos, eles constituem uma arte inter-relacionada ao que chama de poesia de ação.
A performance musical encontra-se imersa em paradoxos: utiliza o exagero e interage com os limites formais, mas também emprega os conceitos de contenção e invisível. A procura pelo som assenta num ponto de vista escultórico, plástico e gestual que se define tanto pela materialidade vocal como pela experiência única e irrepetível da performance.
lorenaizquierdo.net | instagram.com/lorena.izquierdo.aparicio
Abdul Moimême
Músico português, membro ativo da comunidade de improvisação livre lisboeta. Embora o seu instrumento principal seja a guitarra elétrica, é um multi-instrumentista, em repertório gravado constam o saxofone tenor, o clarinete e a flauta transversal.
Presentemente, a solo ou em pequenas formações, toca duas guitarras eléctricas, em simultâneo, sem recorrer à eletrónica, para além da amplificação do sinal das guitarras. Os seus dois instrumentos foram desenhados e construídos por si.
Em 2008 inicia uma série de projetos a solo, tendo obtido uma boa recepção crítica nacional e internacional. Em janeiro de 2021, o crítico Karl Ackermann (All About Jazz) distingue o álbum de Moimême, como uma das referências de “obras a solo para os não tradicionalistas”:
nekhephthu.wixsite.com/abdul-moimeme | cleanfeed-records.com/tag/abdul-moimeme | gulbenkian.pt/agenda/abdul-moimeme
Carlos Santos
Artista sonoro e músico eletrónico, desenvolve o seu trabalho em torno do espaço arquitetónico e de fenómenos acústicos recorrendo a tecnologia sonora digital, utilizando metodologias de investigação de cariz artístico. Apresenta-se publicamente em diferentes formatos. Utiliza computador portátil com software desenhado por si na linguagem de programação gráfica max/msp, para geração sonora e manipulação eletrônica, sintetizadores analógicos, pequenos objetos ressonantes, elementos piezelétricos, microfones ou altifalantes.
Uma parte fundamental do seu trabalho assenta sobre a temática do som, a sua percepção e influência em termos sociais, arquitetónicos, políticos ou históricos, nesse âmbito deu workshops de “escuta atenta”, organizou “Soundwalks” e trabalhou com pequenas comunidades em projetos experimentais de som.
soniclandscape.org | carlossantos.bandcamp.com | discogs.com/artist/424608-Carlos-Santos-2 | behance.net/carlosmsantos | https://vimeo.com/carlosmsantos