O Prisma convida a Elena Sanmiguel Urbina para uma sessão de retratos ao vivo. Retratos muito especiais com um traço característico que são feitos em 10 minutos. Sejam bem-vindos a escolher vossa cor preferida para o fundo e senta-te com Elena a respirar…..
O marcador desliza, a mão dança, o olho seleciona. Ninguém pode mexer. O silêncio faz-se eterno e, por um instante, esquecemo-nos de respirar. Desenho como a minha mão deseja naquele momento. A mente concentrada, o coração atento, a mão segue rápida. Um olho fechado e o outro aberto. A mão arrasta-se, sobe e desce. Engana-se e acerta em cada rosto que desenha.
Quando olho para alguém de perto, contemplo. Observo os vestígios do tempo e suas vivências, mas, inevitavelmente, escolho, entre todas as linhas que vejo, aquela que melhor conheço, aquela que melhor a representa. Talvez sejam linhas que melhor representem a mim mesma. Pergunto-me: o que estou a espera de encontrar entre tantas faces?
*** Portas abertas 19h ***
• • • ARTISTA • • •
Elena Sanmiguel Urbina (Logroño, Espanha 1984), tirou o Bacharelato Artístico e um Curso Superior de Ilustração e Desenho Gráfico na Escola de Artes e Ofícios de Logroño. Preparou o seu ingresso em Belas Artes na Academia do artista Demetrio Navaridas. Continuou a sua formação em Madrid onde estudou Belas Artes na Universidade Complutense.
Em 2011 ganhou uma bolsa de estudos que lhe permitiu terminar os seus estudos na Universidade de Belas Artes de Lisboa. E foi nesta cidade, atraída pela sua calma e luz, que encontrou a inspiração necessária para continuar o seu trabalho artístico. Expôs individualmente e coletivamente entre Espanha e Portugal. Das suas exposições individuais em Portugal destaca “Querer ficar” (2013), “Retratos” (2014) e “Somos todos a mesma coisa” (2017). Realizou diversos trabalhos de auto-edição e entre eles destaca, em 2018, a Baraja Republicana (Baralho de Cartas Republicano).
Atualmente reparte a sua faceta artística entre várias atividades relacionadas com as artes plásticas e visuais. Durante dois anos, com o apoio da Junta de freguesia de São Vicente, lecionou aulas de pintura dirigidas a crianças, e continua a dar aulas individuais no seu atelier. Assim como workshops com os mais pequenos em diferentes espaços. Colabora com a revista francófona “Lisboéte” onde, trimestralmente, ilustra um artigo de cariz histórico. Em 2019 foi convidada a participar no Festival “Lo Visual”(Espanha) onde apresentou a sua coleção “Retratos”. Trabalhou como assistente de arte do escultor Matthias Contzen para a sua última exposição em Paris, “Shapes in silence” (2019). Em 2020 ganha o primeiro prémio no festival de arte urbana CALLE, em Madrid, com sua instalação “Retratos” e foi selecionada para participar no festival de arte mural Camprovinarte (Espanha) onde pintou “La casa de la Catalina”.
Em outubro de 2020 é selecionada para participar no festival “PintaMalasaña” e ganha o primeiro prémio no concurso “Talentos urbanos de Mahou” em Madrid. Em 2021 participa no festival de arte urbana “Crea” de Alcobendas com uma instalação efémera dos seus retratos sobre vidro. A residência artística ”Conviver na arte” convida-a para pintar as portas do Teatro Municipal de Portalegre (Portugal). Dentro deste programa de intercâmbio Espanha-Portugal viaja até Córdoba para realizar os retratos dos artistas residentes na “Fundación Antonio Gala” (Espanha). No verão de 2021 é convidada pela direção do encontro de arte “Bañarte” (Espanha) para pintar um mural sobre a gastronomia da região.
INSTAGRAM: https://www.instagram.com/elena_sanmiguel_urbina
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• • • SINOPSIS • • •
O seu trabalho é bastante versátil, caracterizando-se pelo seu traço firme e intuitivo, bem como pelas cores vivas que utiliza. De forma autónoma e dinâmica participa regularmente em feiras gráficas e em mercados populares, permitindo-lhe realizar uma das suas grandes paixões, o retrato. Durante 5 anos trabalhou na famosa Feira da Ladra de Lisboa onde, a cada sábado, retratou as pessoas que ali passaram. Considera-se uma retratista urbana e faz desta arte, há alguns anos, a sua profissão.
A pandemia obrigou-a a reinventar seu trabalho realizando seus retratos ao vivo por vídeo chamada. Também apostou por participar em festivais urbanos como muralista e intervir com retratos sobre vidrios com muito sucesso.
