7 Agosto 6h
ESPECULAÇÕES RELACIONAIS
corpo, espaço e experiências partilhadas
Como é que nos relacionamos com os outros? Como é que o espaço muda quando os nossos corpos interagem uns com os outros? Ficar numa sala com um namorado ou um amigo, em tristeza ou alegria, traz consigo transformações dentro de nós.
Qual a nossa relação com o lugar em que estas relações se inserem? Como podemos honrar estes momentos de transformação, auto-reflexão e formas partilhadas de experimentar o mundo?
Convidamos para um diálogo sobre a partilha de experiências vividas, de amor e dor em situações relacionais, no contexto da exposição “Cafuné you” da Barbara Gocníková, onde poderás trazer histórias íntimas para um espaço público seguro.
Esta palestra será realizada em inglês.
O MEU CORPO É UMA HETEROTOPIA
performance by Mickey Bourne
O que acontece quando um momento íntimo é conduzido em público?
É equiparado ao processo de escrever uma carta de amor a um ex-parceiro?
Mesmo que a existência do público não seja perceptível, como é que estes afetam o espaço e perturbam a escrita? O Meu Corpo É Uma Heterotopia explora a inter-relação entre a subjetividade, espaço e arte, em que o público se torna co-autor de uma carta de amor privada, como constituintes de uma subjetividade partilhada.
A escrita nunca é um ato isolado: ocorre como uma conversa, emergindo de subjectividades que são produzidas in situ, tanto dentro como fora de um corpo. O espaço é um amante ao qual nos moldamos e nos orientamos, impondo uns aos outros as nossas histórias e desejos, demarcando a distância, a delineação e o caos.
Com fronteiras claras, e com o amorfismo do eu, um casal moderno. E nas impressões dos nossos amantes, começamos a traçar questões: o que é invisível mas sentido? Como é a ausência da sua própria experiência fenomenológica? E quem sou “eu” sem ti? Fazer as perguntas e respondê-las.
Portas abertas 18h00
Evento gratuito para todos os membros.
Quota anual de membro: 3 euros
Barbara Gocníková (1996) é uma artista visual da fronteira eslovaco-húngara.
A sua investigação centra-se na comunicação entre o sujeito e o meio envolvente, o papel/posição do sujeito em relação a um ambiente. O objetivo da sua pesquisa é encontrar uma intersubjetividade da percepção do ambiente em que nos encontramos. Na sua prática artística está a experimentar a terminologia da impressão. Barbara Gocníková possui um mestrado da Academia de Belas Artes e Design em Bratislava – Impressão e Outros Media. O seu percurso académico passou também pela Polônia e Japão. É a autora e administradora do projeto da exposição colectiva – SPLEEN. Colaborou com o centro Kalab em Bratislava como parte de um projeto de arte coletivo – Please wait meeting host will let you in soon (2021). Atualmente ela está a trabalhar como assistente artística em Lisboa.
Anca Usurelu é uma investigadora e produtora cultural situada em Lisboa, Portugal, que frequenta um mestrado em Estudos Culturais no LxConsortium (Universidade Católica Portuguesa). Atualmente está a desenvolver projetos que investigam o campo interdisciplinar dos estudos de som através da investigação baseada na arte, enquanto trabalha como Gestora de Estúdio no Estúdio Mónica de Miranda em Lisboa. Anca trabalha frequentemente como assistente de produção de projetos no Hangar – Centro de Investigação Artística (PT) e tem também trabalhado em vários projectos da Associação Developing Art (RO) desde 2017. É coordenadora colaboradora no projeto independente, AADK Portugal (2021) e foi curadora e produziu duas exposições para o Dyptich Art Space (RO) – “Back to the roots” de Alina Usurelu e Cristina Lilienfeld (2020) e “Realities” de Sabina Suru e Andrei Tudose. Anca é licenciada em Filosofia, Política e Economia pela Lancaster University (UK) (2019).
Mickey Bourne é um escritor, poeta e artista performativo, atualmente residente em Lisboa, Portugal. Está interessado na exploração criativa sobre a forma como os corpos se relacionam com o texto, a instabilidade das psico-geografias, e a não linearidade como um fenómeno vivido. O seu objetivo é promover conceptualizações pós-modernistas de encarnação, dentro da arte, medicina e tecnologia, e gerar conversas interdisciplinares sobre como nós nos relacionamos connosco, com os outros e com o mundo que nos envolve. A sua carreira como artista tem-se manifestado em publicações de poesia, não-ficção criativa e académica; arte performativa; e o ensino de oficinas explorando a intersecção entre o movimento e as palavras, e como se relacionam com a somática e os cuidados de saúde. @50shadesofmickey